Estou convencido que não há como escapar, é uma quase eterna
corrida contra o inevitável.
Antes eu tinha o que culpar. Ficava aos prantos ignorando
toda realidade, culpando o passado, a fase de minha vida.
Um dia eu fui revoltado e culpava a religião e a crença em
um deus pelos males desse mundo. Já fui revoltado contra sistemas.
Mas sendo franco, a luta agora é outra. Sou eu contra a
vida. Sou eu contra a morte. E nesse
processo todo parece importar tudo. Mas eu não deixei de lado minha descrença
para com crenças em deuses, em caminhos políticos.
Eu cansei do niilismo, eu cansei de não me importar. Sim, eu
já sei desde muito cedo que eu ia morrer, só não raciocinava sobre.
Cansei de não tomar partido das coisas que eu
acredito.
No fundo eu ainda quero que um buraco se abra e que todo
mundo caia junto. Mas enquanto isso não acontece, é difícil não se importar com
coisas práticas.

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