Entre fumaças, cinzas, vicio, algumas qualidades e muitas burrices, fui caminhando em procura
de algo que me desligasse um pouco.
Hoje vejo não passa de uma utopia... Sim, uma utopia. Nunca
ouve controle de nada, nunca houve a esperança fiel de estar em algum lugar
melhor. Mas o alivio existe, em alguns casos soluções paliativas resolvem.
Já tentei fazer vista grossa para um monte de coisa, até
minha vista realmente ficar grossa...
Mesmo não crendo em perfeição alguma, no fundo eu buscava
perfeição. Eu viciei tanto minha mente nisso, que, até um certo tempo atrás, eu
só dava conta de encarar as coisas do jeito que eu as moldava, e não do jeito
correto, o jeito que me faria reagir.
Mas é assim, você leva pedrada na cabeça, acorda, e quando
se da conta, está deitado no mesmo sofá velho de sempre... Mas talvez seja
possível remover esse sofá velho, mas não será dormindo que vou conseguir
fazê-lo.
Os vicio me torram o tempo todo, fica martelando em minha
cabeça, e o prejuízo disso? Fica eminente em meus olhos, nas minhas reações
nervosas, tensas e talvez até loucas.
Quando tento combater meus pensamentos, minhas “cinzas e
fumaças”, é como se tivesse um monstro de dois metros e meio a minha frente,
com um revolver na mão e uma espada na outra.
Acho que somente agora que caiu a ficha, a única coisa que me
estraga de fato é isso... Pensamentos turbulentos, ondas violentas, coisas que
eu engrandeço sem necessidade alguma.
Existem momentos que não sinto nada disso, pois parece que
tudo desaparece. Talvez eu consiga controlar minha mente de forma involuntária.
Os olhos apenas deixam passar a luz, seja forte, fraca, escura ou clara, lá
dentro de mim que fará a diferença. Como eu quero filtrar as coisas? Eu tenho
escolhas...posso “morrer” viciado em meio a fumaça, ou posso limpar as cinzas e
seguir em frente, mesmo que seja difícil, mesmo que seja aquele monstro enorme,
mesmo que pareça impossível...


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