É o Mundo em que vivemos... Onde sou “obrigado” a ver
incoerências e guardar minha opinião pra mim, pois posso parecer-me revoltado.
Onde minha falta de crença em algum Deus me faz pior...
Onde tratar bem todos os animais é frescura...onde uma vaca
é diferente de um cachorro.
Onde preferem colocar a culpa em alguém do que assumir algum
erro e tentar consertá-lo, onde dizem não poder julgar ninguém, mas vivem
armados querendo tirar a vida de alguém...
Onde o dinheiro compra tudo, belos momentos, felicidade,
sexo, glórias...
Onde acreditar na ciência é errado e desmerecê-la é justo.
Onde toda manhã eu preciso acordar e me motivar vendo as
desgraças alheias...
Onde acreditar no real é ser fraco e “tocar” no invisível é ser forte...
Às vezes ou quase sempre me pergunto se realmente há vida em
algum outro ponto do universo. Vida complexa, onde os seres possuem um cérebro
potente, onde há certa evolução, onde a estrela no qual o planeta orbita não é
tão quente, nem tão grande e nem tão próxima.
Enfim...
O amor é raro, na verdade tudo que era puro se torna raro e
extremamente complexo, era simples, pois a vida não era essa loucura sem freio,
onde nem há como parar “batendo o carro”.
Dizer algumas coisas eram simplesmente fácil, pois se sentia
algo e não tinha a obrigação de tentar algo que você sabe que não dará em nada.
Os “profetas” viviam dentro de gavetas, e o Mundo real era
aquilo que você acreditava ser...
“Ver” o futuro era uma brincadeira de criança e questionar
era apenas perguntas de curiosidade...
A liberdade vinha de seu peito, de sua mente, de sua crença
em si mesmo e não daquilo que você não pode tocar, não pode ouvir e não pode
sentir...
Ainda posso sentir até o cheiro de coisas que passaram e não
tenho vergonha nenhuma de me sentir nostálgico, pois existem coisas realmente
graves e lembrar de coisas boas do passado não é tão grave assim...não mesmo!
O céu laranja até me fazia arriscar cantar em voz alta, eu
nem estava feliz ou algo do tipo, apenas achava a maior beleza do mundo...
Não digo que cansei desse Mundo, pelo que eu sei, só há ele
até agora... Não me sinto sozinho, não me sinto dependente de “ter” alguém...
mas sinto que deixei muita coisa ir, e sem justificativa nenhuma, sem motivo
que merece tal escolha.
...mas é isso, a gente aprende a perder, a gente aprende a
ganhar e ficar calado, a gente aprende a tropeçar e cair de cara no barro, a
gente aprende a ver as horas.

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